sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sporting 2013/2014 - Equipa A


Enquadramento geral:
Em termos quantitativos, a composição do plantel seria de 20 jogadores – o próprio Augusto Inácio já referiu que o plantel teria esse número de atletas (embora as coisas nunca sejam certas…). Parece-me um número indicado atendendo a que a equipa não tem como objectivo ser campeã nacional ou vencer uma prova europeia (nem sequer jogará a meio da semana na próxima época).

Partindo para uma análise diferente, a composição geral do plantel basear-se-ia maioritariamente em poucas contratações (apenas 3, contando com Jefferson) e optaria por apostar fortemente nas renovações de contrato e aumentos salariais. Seria provável que alguns dos jogadores acabassem por auferir um vencimento demasiado elevado para a qualidade/potencial que têm (acima de todos os outros, estariam Bruma e Adrien); mas seria uma “perda” que seria compensada pela ausência de pagamentos (aos Clubes e aos empresários) em outras contratações – que ainda por cima implicariam um processo de adaptação dos novos jogadores ao Clube, quando é de evitar demasiadas mudanças/sangrias depois da alteração da estrutura e da equipa-técnica. Escusado será dizer que, por estarem sobrevalorizados, manteria apenas estes dois jogadores de forma temporária, valorizando-os para os vender de seguida.
Em termos de objectivos, pediria à equipa-técnica e aos jogadores o quarto lugar. Parece-me que o Braga, com a contratação de Jesualdo Ferreira (e restantes adjuntos), continua a partir à frente do Sporting na luta pelo terceiro lugar – e parece-me pouco justo exigir a terceira posição depois de uma época destas e depois de tantas mudanças. Ainda assim, isto não significa de forma nenhuma que seja impossível chegar ao terceiro lugar; significa, isso sim, que se retirava a pressão à equipa-técnica e jogadores. O Paços de Ferreira é um exemplo de que é perfeitamente possível atingir resultados impensáveis no planeamento da temporada, e de que é caminhando a passo, pensando jogo a jogo, que se pode chegar longe e surpreender. A quarta posição seria apenas um patamar mínimo para a nova equipa-técnica (porque a ideia de que esta não deve depender de nenhuns resultados me parece excessiva, utópica e até contraproducente). Outros objectivos (não tão mensuráveis) seriam: i) a satisfação dos sportinguistas com o futebol praticado pela equipa; ii) a evolução da equipa ao longo da temporada; iii) a evolução e valorização dos activos do plantel


Baliza:
Os dois guarda-redes seriam os brasileiros Marcelo Boeck e Victor Golas. Rui Patrício sairia, porque – sendo um dos mais bem-pagos – é um dos maiores activos do Sporting: duas condições que, aliadas à necessidade da realização de encaixes significativos (e à sua ambição pessoal), obrigam à saída do internacional português. Marcelo Boeck (que me parece ser um guarda-redes muito seguro) e Victor Golas (que sempre que jogou pela equipa principal demonstrou maturidade; e leva 2 temporadas consecutivas como titular na II Liga, onde mostrou potencial e talento) seriam suficientes para o Campeonato e Taças Internas.

Defesa:
Os três defesas-laterais que elegeria seriam Cédric Soares, Jefferson e Santiago Arías. Se a lateral-direita é relativamente consensual (pela relação qualidade/custo que apresentam face aos objectivos próximos do Clube), ficaria apenas com Jefferson no lado contrário. Em caso de necessidade, jogaria ali o Mica (ou mesmo o Rojo – DC). Seria o calcanhar de aquiles do onze, mas parece-me que – a sê-lo -, seria pouco problemático.

Para o centro da defesa, três bons centrais: Marcos Rojo, Tiago Ilori e Eric Dier. Três jovens com capacidades para se afirmarem no Sporting e no Campeonato Português no imediato (se bem orientados). Em último caso, se Rojo tiver de ser vendido, faria regressar o Nuno Reis para discutir com eles o lugar. O que faria sempre era renovar com o Ilori e o Dier por valores próximos de um jogador titular – são ambos jogadores para, nas próximas 3 temporadas, fazerem grandes épocas e porventura representarem grandes vendas para os cofres do Sporting (dependendo das propostas do momento e das alternativas internas e externas existentes).

Meio-campo:
Para o meio-campo, 6 médios. As duas pedras basilares do meio-campo, que formariam a base do mesmo, seriam o argentino Fito Rinaudo e o português André Martins: penso que não preciso de explicar porquê, basta consultar artigos anteriores para perceberem a minha opinião sobre ambos. Seriam, até, os jogadores-chave do plantel. A lutar pela restante vaga no meio-campo a 3, estariam o Adrien Silva e o André Santos, com o João Mário a espreitar uma oportunidade no decorrer da época e o Zézinho a garantir competitividade a baixo custo (e a poder fazer alguns minutos em caso de lesões e castigos dos colegas). Renovaria os vínculos do A. Martins (para valores não muito distantes dos de Rinaudo), do A. Santos (por um valor pouco superior ao que actualmente aufere; parece-me que não deverá ter propostas desportiva e financeiramente muito mais vantajosas) e do J. Mário (ficando este com um contrato bastante longo). Não faria da manutenção do Adrien uma exigência (há bons jogadores para o lugar mais baratos, como o Vítor do Paços de Ferreira; ou até o Filipe Augusto, do Rio Ave), mas acho que numa boa temporada colectiva pode valorizar e significar um encaixe superior ao que significaria agora. O facto de já conhecer o Rinaudo e o A. Martins – parceiros de meio-campo – seria para mim um extra importante para garantir uma boa química no trio.

Ataque:

Para as alas, mantinha a aposta no André Carrillo e no Bruma, renovando-lhes (a ambos) os vínculos contratuais. Penso que, também num prazo de três anos, têm ambos condições para terem um percurso próximo de Ilori e Dier (ao Carrillo, penso que falta motivação e orientação, mas é um desafio muito interessante para a nova equipa-técnica). A esses juntaria o Hélder Barbosa, do Braga. É um jogador que fez uma temporada muito boa com o Leonardo Jardim, tem alguma maturidade e é um atacante de qualidade. Não sendo já possível ir buscar o Josué, seria a minha escolha para extremo. Como alternativa, estaria Labyad - jogador que creio que o Sporting terá muitas dificuldades para conseguir manter.
Para o centro do ataque, contrataria o marroquino Ghilas (Moreirense). Não seria uma tarefa fácil (convencê-lo a rumar a Alvalade), mas um bom contrato e a segurança de que seria opção forte (titular) poderia ajudar bastante. A lutar por um lugar com ele, o chileno Diego Rúbio. Continuo a acreditar bastante no potencial que tem para ser trabalhado: desmarca-se muito bem, finaliza bem, tem poder de explosão e tecnicamente é dotado (e sabe usar esses dotes). A última temporada na Equipa B (onde, atendendo ao facto de só amiúde ter jogado a PL, marcou muitos golos) preparou-o para a tarefa. Garantiria qualidade e competitividade sem grandes custos. Na Equipa B, estaria Betinho a jogar todas as semanas e a poder eventualmente ser chamado.

Como jóquer, capaz de fazer todas as posições, estaria Wilson Eduardo. Não o colocaria aqui se a Académica tivesse tido no Campeonato um percurso tão digno quanto o que teve na Europa (isso significaria que teria tido bem mais golos, e hoje tinha propostas mais vantajosas) mas as circunstâncias fazem dele um jogador sem grande mercado, e que pode preencher uma das vagas do ataque, a baixo-custo e com polivalência. Como também jogaria pouco, poderia ser trabalhado nos treinos na posição de PL, porque me parece um avançado rápido, e que se desmarca e finaliza bem – precisa de ser trabalhado no lugar e tem tempo para isso (ainda que nunca vá atingir o estrelato, pode melhorar significativamente enquanto jogador).

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Marcelo Boeck
    Victor Golas
    Cédric Soares
    Jefferson
    Santiago Arías
    Marcos Rojo
    Tiago Ilori
    Eric Dier
    Nuno Reis
    Fito Rinaudo
    André Martins
    Adrien Silva
    André Santos
    João Mário
    Zézinho
    André Carrillo
    Bruma
    Hélder Barbosa
    (Labyad, concordo que o provável seja mesmo sair, caso contrário o Sporting não faria tanto alarido na CS sobre o seu contrato)
    Ghilas
    Diego Rúbio
    Wilson Eduardo

    GBC, gosto bastante deste plantel, por 3 motivos em ordem decrescente de importância:
    1) asseguraria a permanência dos nossos melhores jogadores.
    2) não exclui a necessidade de realizarmos vários encaixes, por imposição das actuais circunstâncias (veremos se são meramente actuais ...), onde explicitamente transferirias jogadores como Jeffren, Capel, Schaars, Boulharouz, Miguel Lopes e até Rui Patrício. Todos estes jogadores, exceptuando Boulharouz, são juntamente com Bruma e Ilori os mais valorizados pelo mercado (Rui Patrício acima de todos, logicamente).
    3) contempla poucas entradas (revejo-me inteiramente).

    Também gostaria que Ghilas entrasse no SCP, mas muito honestamente não me parece que vá acontecer, agora que é associados aos outros 2 'grandes'. Isso coloca-nos (pelo menos) no 3º lugar das naturais preferências do jogador. Essas preferências entroncam em 2 factores: peso do contrato e ambição desportiva. As duas ao mesmo tempo (senão mesmo só o dinheiro, em muitos casos). Vejo com imensa preocupação os ecos da transferência de Ilori, vejo com bastante menos preocupação os ecos com respeito a Bruma, e o Hélder Barbosa não faço ideia se tem contrato com algum clube mas não seria de todo mal engendrado, como dizes. Isto caso se mantenha o mesmo jogador dos tempos em que andou pelo Braga. Além de Ghilas, gostaria bastante que Steven Vitória assinasse. Seria um tremendo reforço (não sei se tem contrato, se é caro, barato, enfim, não faço ideia, refiro mero desejo de ver o jogador entrar no SCP).

    Sobre as expectativas, acho que uma das poucas vantagens que Leonardo Jardim tinha sobre Paulo Fonseca, no momento em que estavam ambos disponíveis para o Sporting, é o facto de já levar 2 anos ao comando de equipas com muito relevante dimensão: SC Braga e Olympiakos. Isto remete para a experiência e dose de expectativas que mencionas: dificilmente Leonardo Jardim trabalhará com o 4º lugar em vista. Ele pensa (ou pelo menos imagino que pensa) poder com este Sporting ficar em 3º lugar, sem que precise de "sorte" ou felicidade. Percebi perfeitamente que esse 4º lugar seria um objectivo traçado no papel, como forma de retirar pressão à equipa técnica e jogadores, mas não imagino Leonardo Jardim ter um discurso no início do trajecto soletrasse alguma vez as palavras "4º lugar", ou intimamente equacioná-lo, sequer. Mais depressa não diria nada e refugiar-se-ia no "vamos fazer muito melhor".

    Um abraço.

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  3. Muito bem, alias como geralmente escreve. Comentava so para o alertar para o erro no titulo: 2013/14

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