Enquadramento
geral:
Em termos quantitativos, a composição do plantel seria de 20
jogadores – o próprio Augusto Inácio já referiu que o plantel teria esse número
de atletas (embora as coisas nunca sejam certas…). Parece-me um número indicado
atendendo a que a equipa não tem como objectivo ser campeã nacional ou vencer
uma prova europeia (nem sequer jogará a meio da semana na próxima época).
Partindo para uma análise diferente, a composição geral do
plantel basear-se-ia maioritariamente em poucas contratações (apenas 3,
contando com Jefferson) e optaria por apostar fortemente nas renovações de contrato e aumentos salariais. Seria provável que alguns dos
jogadores acabassem por auferir um vencimento demasiado elevado para a
qualidade/potencial que têm (acima de todos os outros, estariam Bruma e
Adrien); mas seria uma “perda” que seria compensada pela ausência de pagamentos
(aos Clubes e aos empresários) em outras contratações – que ainda por cima
implicariam um processo de adaptação dos novos jogadores ao Clube, quando é de
evitar demasiadas mudanças/sangrias depois da alteração da estrutura e da
equipa-técnica. Escusado será dizer que, por estarem sobrevalorizados, manteria
apenas estes dois jogadores de forma temporária, valorizando-os para os vender
de seguida.
Em termos de objectivos, pediria à equipa-técnica e aos
jogadores o quarto lugar. Parece-me que o Braga, com a contratação de Jesualdo
Ferreira (e restantes adjuntos), continua a partir à frente do Sporting na luta
pelo terceiro lugar – e parece-me pouco justo exigir a terceira posição depois
de uma época destas e depois de tantas mudanças. Ainda assim, isto não
significa de forma nenhuma que seja impossível chegar ao terceiro lugar;
significa, isso sim, que se retirava a pressão à equipa-técnica e jogadores. O
Paços de Ferreira é um exemplo de que é perfeitamente possível atingir
resultados impensáveis no planeamento da temporada, e de que é caminhando a
passo, pensando jogo a jogo, que se pode chegar longe e surpreender. A quarta
posição seria apenas um patamar mínimo para a nova equipa-técnica (porque a
ideia de que esta não deve depender de nenhuns resultados me parece excessiva,
utópica e até contraproducente). Outros objectivos (não tão mensuráveis)
seriam: i) a satisfação dos sportinguistas com o futebol praticado pela equipa;
ii) a evolução da equipa ao longo da temporada; iii) a evolução e valorização
dos activos do plantel
Baliza:
Os dois guarda-redes seriam os brasileiros Marcelo Boeck e Victor Golas. Rui Patrício sairia, porque – sendo um dos mais
bem-pagos – é um dos maiores activos do Sporting: duas condições que, aliadas à
necessidade da realização de encaixes significativos (e à sua ambição pessoal),
obrigam à saída do internacional português. Marcelo Boeck (que me parece ser um
guarda-redes muito seguro) e Victor Golas (que sempre que jogou pela equipa
principal demonstrou maturidade; e leva 2 temporadas consecutivas como titular
na II Liga, onde mostrou potencial e talento) seriam suficientes para o
Campeonato e Taças Internas.
Defesa:
Os três defesas-laterais que elegeria seriam Cédric Soares, Jefferson e Santiago Arías. Se a lateral-direita é
relativamente consensual (pela relação qualidade/custo que apresentam face aos
objectivos próximos do Clube), ficaria apenas com Jefferson no lado contrário.
Em caso de necessidade, jogaria ali o Mica (ou mesmo o Rojo – DC). Seria o
calcanhar de aquiles do onze, mas parece-me que – a sê-lo -, seria pouco
problemático.
Para o centro da defesa, três bons centrais: Marcos Rojo, Tiago Ilori e Eric Dier.
Três jovens com capacidades para se afirmarem no Sporting e no Campeonato
Português no imediato (se bem orientados). Em último caso, se Rojo tiver de ser
vendido, faria regressar o Nuno Reis para discutir com eles o lugar. O que
faria sempre era renovar com o Ilori e o Dier por valores próximos de um
jogador titular – são ambos jogadores para, nas próximas 3 temporadas, fazerem grandes épocas
e porventura representarem grandes vendas para os
cofres do Sporting (dependendo das propostas do momento e das alternativas
internas e externas existentes).
Meio-campo:
Para o meio-campo, 6 médios. As duas pedras basilares do
meio-campo, que formariam a base do mesmo, seriam o argentino Fito Rinaudo e o português André Martins: penso que não preciso de
explicar porquê, basta consultar artigos anteriores para perceberem a minha
opinião sobre ambos. Seriam, até, os jogadores-chave do plantel. A lutar pela
restante vaga no meio-campo a 3, estariam o Adrien Silva e o André
Santos, com o João Mário a
espreitar uma oportunidade no decorrer da época e o Zézinho a garantir competitividade a baixo custo (e a poder fazer
alguns minutos em caso de lesões e castigos dos colegas). Renovaria os vínculos
do A. Martins (para valores não muito distantes dos de Rinaudo), do A. Santos
(por um valor pouco superior ao que actualmente aufere; parece-me que não
deverá ter propostas desportiva e financeiramente muito mais vantajosas) e do
J. Mário (ficando este com um contrato bastante longo). Não faria da manutenção
do Adrien uma exigência (há bons jogadores para o lugar mais baratos, como o
Vítor do Paços de Ferreira; ou até o Filipe Augusto, do Rio Ave), mas acho que
numa boa temporada colectiva pode valorizar e significar um encaixe superior ao
que significaria agora. O facto de já conhecer o Rinaudo e o A. Martins –
parceiros de meio-campo – seria para mim um extra importante para garantir uma
boa química no trio.Ataque:
Para as alas, mantinha a aposta no André Carrillo e no Bruma,
renovando-lhes (a ambos) os vínculos contratuais. Penso que, também num prazo
de três anos, têm ambos condições para terem um percurso próximo de Ilori e
Dier (ao Carrillo, penso que falta motivação e orientação, mas é um desafio
muito interessante para a nova equipa-técnica). A esses juntaria o Hélder Barbosa, do Braga. É um jogador
que fez uma temporada muito boa com o Leonardo Jardim, tem alguma maturidade e
é um atacante de qualidade. Não sendo já possível ir buscar o Josué, seria a
minha escolha para extremo. Como alternativa, estaria Labyad - jogador que
creio que o Sporting terá muitas dificuldades para conseguir manter.
Para o centro do ataque, contrataria o marroquino Ghilas (Moreirense). Não seria uma
tarefa fácil (convencê-lo a rumar a Alvalade), mas um bom contrato e a
segurança de que seria opção forte (titular) poderia ajudar bastante. A lutar
por um lugar com ele, o chileno Diego Rúbio. Continuo a acreditar bastante no
potencial que tem para ser trabalhado: desmarca-se muito bem, finaliza bem, tem
poder de explosão e tecnicamente é dotado (e sabe usar esses dotes). A última
temporada na Equipa B (onde, atendendo ao facto de só amiúde ter jogado a PL,
marcou muitos golos) preparou-o para a tarefa. Garantiria qualidade e
competitividade sem grandes custos. Na Equipa B, estaria Betinho a jogar todas
as semanas e a poder eventualmente ser chamado.
Como jóquer, capaz de fazer todas as posições, estaria Wilson Eduardo. Não o colocaria aqui se
a Académica tivesse tido no Campeonato um percurso tão digno quanto o que teve
na Europa (isso significaria que teria tido bem mais golos, e hoje tinha propostas
mais vantajosas) mas as circunstâncias fazem dele um jogador sem grande
mercado, e que pode preencher uma das vagas do ataque, a baixo-custo e com
polivalência. Como também jogaria pouco, poderia ser trabalhado nos treinos na
posição de PL, porque me parece um avançado rápido, e que se desmarca e
finaliza bem – precisa de ser trabalhado no lugar e tem tempo para isso (ainda
que nunca vá atingir o estrelato, pode melhorar significativamente enquanto
jogador).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMarcelo Boeck
ResponderEliminarVictor Golas
Cédric Soares
Jefferson
Santiago Arías
Marcos Rojo
Tiago Ilori
Eric Dier
Nuno Reis
Fito Rinaudo
André Martins
Adrien Silva
André Santos
João Mário
Zézinho
André Carrillo
Bruma
Hélder Barbosa
(Labyad, concordo que o provável seja mesmo sair, caso contrário o Sporting não faria tanto alarido na CS sobre o seu contrato)
Ghilas
Diego Rúbio
Wilson Eduardo
GBC, gosto bastante deste plantel, por 3 motivos em ordem decrescente de importância:
1) asseguraria a permanência dos nossos melhores jogadores.
2) não exclui a necessidade de realizarmos vários encaixes, por imposição das actuais circunstâncias (veremos se são meramente actuais ...), onde explicitamente transferirias jogadores como Jeffren, Capel, Schaars, Boulharouz, Miguel Lopes e até Rui Patrício. Todos estes jogadores, exceptuando Boulharouz, são juntamente com Bruma e Ilori os mais valorizados pelo mercado (Rui Patrício acima de todos, logicamente).
3) contempla poucas entradas (revejo-me inteiramente).
Também gostaria que Ghilas entrasse no SCP, mas muito honestamente não me parece que vá acontecer, agora que é associados aos outros 2 'grandes'. Isso coloca-nos (pelo menos) no 3º lugar das naturais preferências do jogador. Essas preferências entroncam em 2 factores: peso do contrato e ambição desportiva. As duas ao mesmo tempo (senão mesmo só o dinheiro, em muitos casos). Vejo com imensa preocupação os ecos da transferência de Ilori, vejo com bastante menos preocupação os ecos com respeito a Bruma, e o Hélder Barbosa não faço ideia se tem contrato com algum clube mas não seria de todo mal engendrado, como dizes. Isto caso se mantenha o mesmo jogador dos tempos em que andou pelo Braga. Além de Ghilas, gostaria bastante que Steven Vitória assinasse. Seria um tremendo reforço (não sei se tem contrato, se é caro, barato, enfim, não faço ideia, refiro mero desejo de ver o jogador entrar no SCP).
Sobre as expectativas, acho que uma das poucas vantagens que Leonardo Jardim tinha sobre Paulo Fonseca, no momento em que estavam ambos disponíveis para o Sporting, é o facto de já levar 2 anos ao comando de equipas com muito relevante dimensão: SC Braga e Olympiakos. Isto remete para a experiência e dose de expectativas que mencionas: dificilmente Leonardo Jardim trabalhará com o 4º lugar em vista. Ele pensa (ou pelo menos imagino que pensa) poder com este Sporting ficar em 3º lugar, sem que precise de "sorte" ou felicidade. Percebi perfeitamente que esse 4º lugar seria um objectivo traçado no papel, como forma de retirar pressão à equipa técnica e jogadores, mas não imagino Leonardo Jardim ter um discurso no início do trajecto soletrasse alguma vez as palavras "4º lugar", ou intimamente equacioná-lo, sequer. Mais depressa não diria nada e refugiar-se-ia no "vamos fazer muito melhor".
Um abraço.
Muito bem, alias como geralmente escreve. Comentava so para o alertar para o erro no titulo: 2013/14
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