Uma é achar que são acontecimentos isolados;
outra é acreditar numa mudança de estratégia comunicacional do Sporting CP. Eu
acredito logicamente na segunda (até pelas declarações de intenções de RPF,
membro do CD). Porque se as duas perspectivas são possíveis, há uma que é (muito) mais verosímil que a outra.
E isso são muito boas notícias (ainda
que não sejam o fundamental, uma comunicação mais clara e mais pró-activa é
importante – desde que complementar com uma boa gestão). A larga maioria dos
sportinguistas, interessada no presente do Sporting CP, merece-o e ver-se-à
beneficiada.
Será fundamental que, ao primeiro
revés, o clube não se volte novamente para dentro de si próprio e se feche ao
exterior. A maioria dos sportinguistas não o quererá e, sobretudo, não o
merecerá – sacrificar os interesses de uma maioria pela vontade de destruir de
alguns não está na génese de um Sporting democrático e onde o respeito, a
transparência e a crença na capacidade de fazer diferente (e melhor) sem atacar sempre foram considerados basilares.
É portanto importante que das
palavras se passe aos actos, e não se abdique desta nova estratégia
comunicacional. Porque não há melhor forma de proteger o Clube que informar,
esclarecer e explicar. Para que os sportinguistas tenham mais dados para formar
opinião e para fazer opções – entender esta ou aquela estratégia como a ideal para
o Clube, debater escolhas.
Não muda o essencial - o que se faz no Sporting - mas permitirá excluir cada vez mais a desinformação. É que não havendo uma comunicação institucional activa, o debate centra-se muito mais em notícias, rumores e interpretações que, tantas vezes, não têm correspondência alguma com a realidade - e sobretudo que não têm em conta o porquê de determinadas opções e estratégias.
Pode-se concordar ou discordar das opções, mas é bom que elas sejam explicadas (para os que não percebem, e para os que não têm interesse em perceber; mas também para que os sportinguistas possam propor cenários e estratégias alternativas - a dificuldade de o fazer aumenta, mas fazê-lo passará a ser ainda mais um desafio que honrará o sportinguismo).
Que à mudança na Comunicação se
alie uma mudança de resultados na gestão desportiva. O Sporting já o merece. E
são esses os seus desígnios.
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